História do Atelier

Conectando continentes com inspirações étnicas e orientais.

O Atelier BZZ tem uma proposta diferenciada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Conectar continentes e trazer uma inspiração de um “souk”, com moda, arte e decoração priorizando o comércio equitável e com projetos de empoderamento da mulher, tanto no país como no exterior. Para isso, desenvolvemos parcerias e capacitamos alguns grupos através do artesanato.

A proposta do Atelier BZZ é investir em estilo com propósito e valor unindo arte, design e moda dando oportunidade e ajudando a melhorar a vida de quem está em situação de risco. Outra proposta da marca é o reaproveitamento e a maleabilidade que estão presente em parte das peças criadas. Um lenço pode virar turbante ou túnicas. Um colar pode ser pulseiras. Este dinamismo possibilita um novo sistema de consumo. Assim, a pessoa terá experiências diferentes de uso, momentos particulares que não se repetem.

Hoje o Atelier conta com pontos de venda inclusive na França.

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Rosane Lopes

Designer

Design com estilo e propósito.

Após trabalhar numa agência da ONU por 15 anos, a designer de jóias Rosane Lopes atendeu a um chamado interno – o de capacitar mulheres, aumentando suas fontes de renda pelo mundo. Foi assim que, a partir da atuação como consultora especial para situações de risco e emergência no Haiti, Iraque e Angola, entre outros países, surgiu a ideia de montar o projeto Arte de Transformar – Refazendo Vidas e o Instituto D4D (Discipline 4Dignity), firmado com parceiros de Atlanta (EUA).

A experiência nestes locais a levou a criar um canal para contribuir diretamente no empoderamento das mulheres.“Buscamos um comércio justo aliado a produtos de uma cadeia sustentável. Para isso, temos artesãs que trabalham conosco neste projeto no Iraque e no Brasil” explica Rosane, que pelo trabalho em acampamento de refugiados no Iraque e com refugiadas residentes no Rio de Janeiro foi indicada por uma consultora para uma assessoria informal ao figurino da novela “Órfãos da Terra”, da TV Globo.

“Eu já havia produzido acessórios para personagens de outras tramas, mas desta vez tem um sabor especial. Tive 14 meses de intensa vivência no Iraque em contato com uma ONG que resgatava mulheres Yazidis do Estado Islâmico. Com estas mulheres realizamos um projeto piloto de uma oficina que as capacitou para desenvolver as bijuterias – inclusive as que são usadas na novela. Me apaixonei pela cultura deles, em especial por estas mulheres. Passamos a olhar o mundo sob outros ângulos”

O trabalho desenvolvido na Baixada Fluminense vem de mais tempo. “Começamos em 2014, após a enchente de Xerém, com um projeto para moradoras do entorno de Nova Iguaçu e Duque de Caxias que se encontravamem situação de risco. Na época, fizemos um trabalho com reciclagem de cápsulas de café para a confecção de bijoux, biojoias e acessórios, organizando canais de vendas destes itens para geração de uma economia criativa – e proporcionando renda complementar para estas mulheres e suas famílias”, recorda. Ainda hoje, algumas delas continuam a produzir.

Com esse olhar, ela viu que design, reciclagem, áreas de risco e artesanato podem estabelecer uma boa conversa. Cada um assume e colabora com seus saberes e experiências.